quinta-feira, 23 de abril de 2009

A Paz Augustana

No ano de 31ac.o mundo helênico já havia atravessado uma agonia de 188 anos,foi quando a subta implantação da paz augustana deu ao helenismo um estímulo. As lutas eram incessantes e mortais,esse quarto de milênio foi longo em relação aos 14 anos de paz graças a Felipe da Macedônia.Havia uma vasta área dividida em três grandes impérios: O império Romano: eram partidários da forma de vida helênica. O império Parto: onde hoje é o Iraque e o Irã,viam com benevolência a forma de vida helênica. O império cusano: foi fundado 10 anos depois do Romano,eram helenos adotivamente.
Nenhum desses povos era helênicos, mas os três mantinham uma irmandade entre eles por serem descendentes dos helênicos. A amizade entre romanos e cusanos era fácil,já que estavam separados pelos Partos.Mas em 20ac. Augusto conseguiu um entendimento que salvou as aparências para Roma. Em 31ac. Roma começa assumir a responsabilidade pelos danos causados ao mundo. Os dois mais destacados generais políticos eram POMPEO e o tio avô pai adotivo de AUGUSTO CAIO JULIO CEZAR.Pompeu varreu dos mares os piratas,resgatou as cidades helênicas das mãos dos judeus.Augusto cometeu os mesmos crimes de seus rivais,liquidou adversários políticos. O segundo fundador do império disfarçou sua posição ditatorial. A nobreza senatorial mostrou-se ressentida de um republicanismo acadêmico que foi cultivado por alguns senadores,70 ou 80 anos após a morte de augusto o golpe dele devolveu ao senado o controle de províncias onde não se faziam necessárias as tropas ,e colocando senadores como governadores de províncias que ele tinha nas mãos. Essa paz mundial serviu para acabar com a escravidão nas plantações,já que Pompeu venceu os piratas e os afastou dos mares. O primeiro exército de Augusto era de homens armados e organizados para reivindicação de lotes de terras, e o reformado era formado de cidadãos romanos e ficava nas fronteiras, pois era menos econômico a população e onde era mais estratégico. Os novos funcionários públicos civis que recebiam um salário fixo e se precediam mal tinham que prestar contas a Cezar. O império romano mantinha a estrutura constitucional da comunidade romana, era a associação de cidades estado auto administradas,e o objetivo de augusto e dos sucessores era de transformar aos poucos o império em um órgão político em que cada célula seria uma cidade -estado de forma que todo habitante seria cidadão de duas cidades:a natal e a romana.
Com a morte de Marco Aurélio o helenismo entra em colapso, mas seu auge acontece 55 anos após de sua morte. Houve uma revolta generalizada contra os senhores e pagadores. Por tudo isso cultura Helênica começa a desaparece do Império Romano, e com isso o regime Augustano, que soçobrara em 50 anos de anarquia.

A Idade da Agonia

Teve seu início em período conturbado por batalhas e estendeu-se de 218 a.C. a 31 a.C. A priori, Roma não pretendia grandes conquistas, somente manter seu domínio sobre a Itália, mas para isso era necessário defender-se dos perigos que ameaçavam suas fronteiras e, assim sendo, eliminou tais ameaças ao preço de uma grande dívida nacional. Estando o sul da Itália devastado não só pela guerra como também pelas conseqüências políticas, eram necessárias novas áreas para produzir. E Roma tendo sua autoridade restabelecida, executou então um confisco de terras dos estados aliados, novamente dominados, como punição.
Havendo grande volume de capital privado acumulados durante a guerra por fornecedores do exército e a antiga classe dominante sendo obrigada por lei a investir em terras, geraram-se os fatores que levaram a dedicar-se então as atividades lucrativas nascentes da época que era a criação de ovelhas e gado bem como o cultivo de árvores frutíferas (oliveiras e a vinha), do qual o produto assegurava bons lucros no mercado. E este último era proporcionado pelo crescimento das cidades fruto do despovoamento do campo, com a procura da segurança e das atrações da vida urbana.
Sinalizando que a mão de obra para as novas culturas era a mão de obra escrava (prisioneiros de guerra e civis raptados nos distúrbios), que em sua primeira experiência mostrou dois fatores positivos, sendo o primeiro a exploração ao extremo e em segundo a isenção de recrutamento militar. A revolução econômica do século II a.C. teve o intuito de maximizar a produção da terra visando lucros em substituição da agricultura subsistêncial.A força de trabalho camponesa romana em geral estava ocupada em formar os enormes exércitos, que se dedicava a suas frentes abertas de batalha. E mais, o Império Romano, que tentava governar sem um exército profissional ou um serviço civil profissional e com este conservadorismo apenas favoreceu homens de negócios predatórios o que levou os camponeses que sustentavam o exército ao fracasso acarretando no declínio do potencial militar de Roma no curso do século II a.C.
O que culminou a uma tentativa de reforma agrária radical. Onde Tibério e Caio Graco tentaram implantar tal reforma, mas ambos morreram antes de obter sucesso. A redistribuição quando consolidada não produziu os efeitos previstos pelos Gracos, muito pelo contrário, gerou distúrbios internos. A partir daí, Caio Mario iniciou um programa de recrutamento de sem-terras que estavam isentos do serviço militar em troca de uma recompensa em terras expropriadas. Toynbee salienta, porém, que os soldados contemplados com os lotes de terra perdiam gosto e o jeito para trabalhar nelas.
Em 90-80 a.C e 49-31 a.C travaram-se guerras civis romanas, os camponeses exigiam terras, os aliados latinos e italianos buscavam a cidadania romana e os “generais políticos”, o poder. A aristocracia romana, a priori, mostrava-se incompetente para gerir tal situação. Roma penava com as revoltas de escravos, guerras civis e invasões “bárbaras”. O principal fornecedor de escravos era o comércio pirata, que fortaleceu-se após Roma esmagar a monarquia selêucida que, com sua frota enfraquecida, deixou o mediterrâneo livre.
O governo ptolomaico também sofreu com as insurreições armadas e com a desobediência civil de ordem pacífica. A vida da monarquia selêucida também não andava nada fácil, e os motins populares tornaram-se mais freqüentes após a a derrota para os romanos na guerra de 192-190 a.C. Após um custoso acordo de paz em 189 a.C o governo selêucida se via endividado e com extrema dificuldade de se reerguer.
O processo de helenização imposto por Antíoco IV, encontrou uma gigantesca pedra no sapato, que foi a incompatibilidade de relacionamento com a cultura judaica, a qual respondeu severamente. Esse fatal encontro entre os judeus e o helenismo originou o cristianismo e o islamismo que até hoje são potências religiosas. O mundo helênico despertava o interesse dos “bárbaros” que foram beneficiados com a queda dos persas. A “agonia” do helenismo, termo constantemente utilizado por Toybee, que tinha tomado imensas proporções atingindo regiões com a Índia e a costa atlântica da Europa, agora parecia chegar em sua última fase. As guerras civis foram cessadas em 31 a.C, quando Otaviano César venceu Marco Antônio em Áccio.

A Vitória de Roma

Foram necessárias três tentativas até que Cartago conseguisse conquistar a Sicília helênica. Porém, apareceu o tirano Dionísio, que numa reviravolta, expulsa os cartagineses da maioria das terras sicilianas. Após mais dois combates, cartagineses e helenos sicilianos decidem dar um basta nas lutas realizando um acordo. Decidiram por dividir a Sicília entre eles, a fim de evitar mais desgaste. Os cartagineses ficaram com o noroeste da Sicília e o resto ficou para Dionísio, este manteve, ainda, o domínio naval no Mar Adriático. Com as batalhas, os territórios foram se dividindo e os povos foram migrando e com isso, criando uma sociedade heterogênea, mantendo as características helênicas. Com essa miscigenação não restou mais nada à Roma do que criar a cidadania dupla. Cidadãos naturalizados foram iniciados ao Direito Romano, bem como na língua latina, não dispunham, no início, de autonomia local, direito a voto e nem direito de ser votado. Os munícipes, ou seja, os “cidadãos sem sufrágio” estavam sujeitos ao dever romano, sem gozarem dos direitos. As cidades-estados onde moravam tais munícipes eram chamadas de municipia, daí a origem da moderna palavra “município”. Com o tempo, Roma buscando uma reserva militar, foi cedendo direitos aos aliados nas melhores condições possíveis. Tal reserva militar não era digna de confiança. Pois, por não serem romanos natos, não sentiam um dever moral para com o Estado, nutriam apenas um sentimento de lealdade com seu comandante, a exemplo do general Aníbal. O Exército tinha equipamentos antiquados. O soldado romano era treinado para combater de forma individual e sua cavalaria não era nada eficiente A tropa arremessava suas lanças curtas para depois travar o combate corpo-a-corpo de espada. O escudo mais leve e côncavo permitia uma melhor proteção. O sucesso de seu Exército também se fez devido à combinação de massa e mobilidade. Amílcar e depois, seu filho, Aníbal travaram inúmeras batalhas, a fim de sobrepor-se aos romanos, todas sem êxito. O indomável Senado, o povo, a imensa lealdade dos cidadãos naturalizados e aliados e as imensas reservas de potencial humano fizeram Aníbal sucumbir nas batalhas. Nenhuma grande potência restou no mundo que não fosse Roma.

Monarquia e Federação

No ano de 323 a.c , quando Alexandre voltou a Babilônia após conquistar o Império Persa e sua antiga província na Índia se achou que o mundo Helênico havia conseguido uma unidade política , mas isso não se deu devido a morte prematura de Alexandre, mais uma vez o mundo helênico se dividiu em dois campos opostos.
Os sucessores de Alexandre não tinham as mesmas idéias de fraternidade entre as raças humana, eles não aceitavam as bases de igualdade entre os Macedônios vitoriosos e os Persas conquistados, acreditavam no direito nato dos Helenos de governar.
Após 44 anos da morte de Alexandre, os Bárbaros Gálicos dominaram a Macedônia eles se instalaram em Frígia, onde nenhum dos sucessores do rei teve força para expulsar-los daquele lugar.A lealdade que as cidades do interior mantiveram com a monarquia, quando o país estava sendo atacado pelos orientais mostrou que selêucidas haviam conseguido estabelecer relações que eram satisfatórias para ambos os lados.
A guerra entre as Cidades-Estados que tinha durado 93 anos, voltou ainda em proporções maiores após uma trégua de 15 anos com a morte de Alexandre. Com a circulação do ouro do império conquistado em forma de salários dos soldados, isso causou o crescimento de exércitos mercenários e devastou a economia da cidade agressora com a inflação. Mesmo com a supressão da soberania da Cidade-Estado o mundo Helênico não teve uma unidade política que precisava.Um método mais estável para chegar à união orgânica entre cidades-estados era a federação,independente da monarquia como cimento político,e chegou a mesmo a haver um certo número de tentativas de organizarem-se em bases federais.A instituição da cidadania dupla foi adotada pelas federações etólia e aquéia formadas na Grécia continental no século lll a.C, como instrumentos para a libertação dessa parte do mundo helênico do domínio macedônio .

A Emancipação da Cidade-Estado

A soberania da cidade-estado pelos macedônios veio libertar o ser humano de uma cidadania que se havia tornado o ser humano de uma cidadania que se havia tornado um fardo,ao invés de um estímulo.
Após a morte de Alexandre o Império foi dividido entre seus generais.Surge os Estados helenistas.Mas essa divisão causou conflitos entre eles,que queriam ser mais soberanos que os outros. Algumas cidades-estados mantiveram sua soberania e independência.Atenas não estava entre essas cidades,pois ao tentar desafiar o poder da Macedônia em uma guerra,perdeu vergonhosamente. O que lhe restou foi indenizar a Macedônia, como todos os derrotados,e ficar quieta em seu canto, perdendo sua moral perante seus cidadãos.E uma cidade que perdesse sua moral, ficada desestimulada frente aos cidadãos que tinham amor por ela.
Para agravar a situação,houve um conflito entre Sócrates e Atenas.Sócrates desafiou a cidade-estado.Foi condenado e morto.Por ter amigos,admiradores e discípulos,os helenos se afastam das cidades-estados.Os cidadãos perderam a esperança na democracia.Outros filósofos tentaram transportar para essas cidades-estados essa cultura helenista.Aristóteles foi um deles. Ao contrário de Platão,que sofreu espiritualmente por não conseguir transportar para a vida real sua visão,ele organizou monografias sobre as Constituições das cidades-estados históricas.Mas como Platão,não tinha olhos para outro Estado que não fosse a cidade-estado. A filosofia de Aristóteles sobreviveu a fase helenista e chegou até os anos de 1600 d.C.
Após a partida da guarnição macedônia,o regime político de Atenas baseou-se no apoio de cidadãos que tinham mais renda,destinava-se a proteger seus direitos. Esses cidadãos custeavam a equipagem dos navios de guerra e seus escravos domésticos,que participavam dessas guerras.Isso pesou tanto que eles tiveram que reduzir seu padrão de vida. Deixaram dos escravos domésticos para empregá-los em uma atividade que desse lucro. Mais uma desmotivação para os cidadãos.Antes podiam se dar ao luxo de ter escravos domésticos,e agora,tinham que sobreviver a essa crise que assolava a cidade-estado.
Os beneficiados eram apenas uma minoria nesse vasto mundo helênico.Essa minoria era a única que tinha voz.As massas deprimidas eram mudas e para elas,a experiência dessa emancipação era uma realidade. Suas vantagens tinham um preço. As exigências provocaram uma tensão excessiva na vida helênica.Isso aconteceu ao custo de um pouco do antigo sabor e significado da vida. Os cidadãos estavam emancipados,mas sem um estímulo. A emancipação veio,mas a devoção e o entusiasmo desapareceram.Já não havia deuses para se ter alguma devoção. Que seriam os deuses na sociedade helena?
Poderiam considerar deuses,aqueles reis que demonstravam com sua força e mudaram o mundo.Alexandre foi considerado deus.Seus sucessores aproveitaram-se disso para ditar as leis,o que não adiantou.Só o poder espiritual pode ajudar uma alma a salvar-se,e quem conseguisse atingir esse objetivo, deve ser o representante da raça que mais se assemelha a um deus.
Dois sábios,Zenão de Cítio (criador da escola estóica de filosofia) e Epicuro de Samos (criador da escola complementar que leva seu nome),viram as transformações que o mundo helênico sofreu e repudiaram as exigências que a sociedade julgava com direito de fazer aos sábios.
Os filósofos espiritualmente auto-suficientes eram modelos mais dignos para deuses de forma humana do que os reis politicamente poderosos.Mesmo assim,não constituíram um objeto digno de culto. Na tentativa de tentar tornar-se sobre-humanos,estóicos e epícuros tornaram-se inumanos.
Em resumo,esse mundo helênico iniciado por Alexandre,já estavam por certo que iria fracassar,como aconteceu.Cada governante tentou colocar sua soberania acima dos demais governantes, houve uma pressão das várias culturas que estavam no mundo helênico.Filósofos tentaram transpor suas idéias para esse mundo helênico,não conseguiram.Mas uma cidade-estado que perde sua moral,seu entusiasmo,sua devoção,como aconteceu com Atenas,não iria demorar muito para cair em colapso.Mais uma vez, outra civilização cai.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

A Macedônia e o Oriente


Governo de Felipe II: Primeiro rei da Macedônia a dominar todo o território e assegurar o seu domínio. Usou o ouro de Pangeu para formar o seu exercito. 20 anos após a sua ascensão havia anexado ao reino todas as cidades-estado helênicas do litoral. Adotou a língua Ática do grego como dialeto oficial. A sua infantaria era composta também de camponeses, que alem de ganharem mais status em meio a sociedade, foram de grande importância para a formação das falanges. Em suas conquistas foi usada a cavalaria que era de grande poder bélico.
Alexandre, o Grande: Atravessou os Dordanelos com um exercito de 35 mil homens em 334 a.C. e ocupou toda a costa do mediterrâneo do Império Persa até o deserto ocidental do Egito. Destroçou o último exército persa em 334 a.C e em 323 a.C conquistou todo o resto do Império Persa.
Alexandre morreu em 323 a.C e seu império foi dissolvido em Anarquia entre seus generais, este ato abalou toda a Macedônia, toda a Hélade e também metade do resto do mundo.

terça-feira, 7 de abril de 2009

POSTEM SUAS DÚVIDAS E RESPONDAM AS DÚVIDAS DOS COLEGAS!!!!

Não esqueçam de colocar os textos do último seminário para que os colegas poçam ter acesso. Façam perguntas e respondam as perguntas dos colegas!
Abraço
Prof Rangel
http://www.youtube.com/watch?v=o-pUdeavPZg

http://www.youtube.com/watch?v=9I4-P2VD72w

http://www.youtube.com/watch?v=jVfRVMwjKxw

http://www.youtube.com/watch?v=ny24PBc5mTk

http://www.youtube.com/watch?v=BvgCRroMQEU

URLs dos vídeos sobre a teoria da descoberta de Atlântida

ATENÇÃO PARA O CONTEÚDO DA NOSSA PRIMEIRA AVALIAÇÃO BIMESTRAL:
- O livro inicial é Aspectos da Antiguidade ocidental” do Finley : Cap I, A redescoberta de Creta, p. 9-27 ; Cap II, Perdida: a Guerra de Tróia, p. 29-43; Cap IV, Tucídides, o moralista, p. 53-67; Cap V: Sócrates e Atenas, p. 69-85; Cap VI, A prática política de Platão p. 87-103.
- A Cidade Estado Antiga, do Ciro Cardoso: p. 5- 56
- “Imperialismo Greco-romano”, de Norberto Guarinello. P. 7-37.
- Amor, sexo e tragédia, do Goldhill, p. 147-191.
- Helenismo, história de uma civilização, do Arnold Toynbee, p. 110-191.
Os títulos em negrito referem-se àqueles que o aluno monitor tratará com mais detalhes e atenção durante as orientações e plantões tira-dúvidas no LAHIS.
- Em virtude do prazo que temos para vencer o conteúdo sobre Grécia e a necessidade de entrarmos no segundo bimestre com Roma, o texto do Vernant, “Mito e pensamento entre os gregos” não será objeto de avaliação, mas será explorado em sala pelo professor.

- Existe na página do professor os slides do Power point e também no Xerox Imagem (em frente a Igreja do Rosário)
Abraço
Prof Rangel

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Aline, Angélica, Guilherme, Mauro, Lui : BEM-VINDOS!!!
Esperamos as postagens de vcs a qualquer momento.

Abraço
Prof Rangel